25.7.11

[são tomé]


está a ser um ano 'agitado', preenchido diria.
quem me conhece confirma que mereço uma semana de férias.
faltam 5 dias para estar por aqui.



29.6.11

[amélie poulain]


"...
- Sabe a garota do copo de água?
- Sei.
- Se parece distante, talvez seja porque está pensando em alguém.
- Em alguém do quadro?
- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?"

20.6.11

[catch the wind]




"To feel you all around me,
And to take your hand, along the sand,
Ah, but I may as well try and catch the wind."


 *foto sobrevivente do primeiro rolo da lomo cá de casa.

15.6.11

[escrevo-me]


o tempo corre a uma velocidade incrível. e a vida persegue-o. não tenho tido tempo sequer para escrever neste canto que há já alguns anos me faz companhia. não gosto de fazer promessas, mas julgo que vou sempre deixar aqui palavras. picar o ponto, diria. hoje apetece-me escrever. muito. mas tenho de digitar sobre outras coisas. e para essas o tempo não corre, voa.



16.5.11

[run leila* run]


faz-me confusão as miúdas que não tomam banho depois do ginásio. mais vale sair com a roupa do treino e fingir que se toma banho em casa. agora limpar as axilas e as bordas do rabo com toalhitas é que não.

3.5.11

[a cabra do terceiro]


muito se podia escrever acerca das cabras do 3º andar.
mas apenas tenho a dizer que as bandas de cera para o buço são baratinhas e que lamento o buraco no meio da banheira. sim, porque os olhos tortos já não devem ter solução. azarucho.

um bem-haja aos senhores que vieram 'remendar' a canalização do prédio. já posso guardar as toalhas, os baldes e colocar a gaiola da leilinha num sítio onde não faça natação.

19.4.11

[do tempo.]



as noites preenchidas tornam os dias ocos. tristes e bem dispostos. fundem-se com pensamentos incoerentes que magoam e insistem em permanecer. porque deixamos.

16.4.11


'O que é seguro não está seguro, tal como está não vai ficar!' 

Bertolt Brecht

7.4.11

[das palavras.]




A man travels the world over in search of what he needs and returns home to find it.
George Moore


5.4.11

[dos lugares comuns...]


quando uma pessoa te disser que não é capaz de ficar muito tempo no mesmo sítio ou a fazer a mesma coisa, certifica-te de que não te apaixonas por ela.
e caso não o consigas evitar (diz que acontece) lembra-te que não será para sempre.

4.4.11

[falas de civilização...]



Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,

Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!

Alberto Caeiro



[mais de 69 mil]


achei que era um número de assinalar.

8.3.11

[crave you]


[das circunstâncias.]


dizem que os sentimentos podem ser selados. e os pensamentos congelados. eu não acredito muito nisso, ainda que o aceite. somos confrontados diariamente com sensações estranhas e com as quais não conseguimos, sempre, lidar. pedem-nos para superar o que sempre nos pareceu impossível e é aí que nos revelamos. é aí que descobrimos o lado racional que desconhecemos ter. porque apesar de existir simplesmente não o vemos. mas mais cedo ou mais tarde voltamos a sentir com a cabeça e a pensar com o coração. ter importância é só o que se pretende.

hoje é dia da mulher. 
deve ser por isso que também é carnaval.


2.3.11

[march 1st]


pisar a areia e molhar os pés. temporal de ideias numa manhã de chuva. ainda vejo o sol. só me falta sentir-te.



23.2.11

[fingir que está tudo bem]


Fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro do corpo, gritos desesperados sob as conversas;
Fingir que está tudo bem!
olhas-me e só tu sabes: na rua onde os nossos olhares se encontram é noite.
As pessoas não imaginam. São tão ridículas as pessoas, tão desprezíveis…
As pessoas falam e não imaginam… nós olhamo-nos.
Fingir que está tudo bem: o sangue a ferver sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de medo nos lábios a sorrir
Será que vou morrer?, pergunto dentro de mim: será que vou morrer?
Olhas-me e só tu sabes: ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer: amor e morte
Fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.

José Luís Peixoto

20.2.11

[he's just not that into you]



é bom perceber que a Scarlett pode ser gorda e ter um rabo maior do que o meu. é bom perceber outras coisas também. ou talvez não.

[há gente muito idiota]


Ontem à noite desejei por instantes ter uma arma dentro da mala. Em vez de esconder o telemóvel rapidamente como fiz, tinha era dado um tiro a cada uma daquelas gajas. Confesso que sempre andei à vontade em Lisboa, por ruas e travessas sem medo que algo me acontecesse, mas ontem à frente daquelas sete gajas (e um gajo que não abriu a boca), tremi bastante. Estava claramente em minoria, não tenho ideia de ser super-herói e pensei 'é desta que me roubam' 'é desta que me batem' 'é desta que me levam o carro'. Nada disso aconteceu, mas uma das cabras ainda me amolgou o carro e fiquei com vontade de as matar. E perguntam vocês 'mas porquê?'. Por nada. Eu era simplesmente uma branca a andar sozinha às 4 da manhã num beco de pretos e elas queriam diversão. Foi bonito.

18.2.11

17.2.11

[das saudades.]


um dia também vais sentir falta de acordar ao meu lado. e de te enroscares em mim. 
bem-feito.

16.2.11

[mada]


debaixo do braço trazia um livro de auto-ajuda.
percebi imediatamente que não ia ser uma conversa simples e curta, ia ser uma verdadeira consulta de psicoterapia.
ou qualquer outra coisa parecida.
afinal que lhe podia eu dizer?
às vezes não conseguia dormir, tinha arrepios e a comida até lhe fazia tremer o estômago.
afogava-se em lágrimas por tanto sentir.
algumas coisas não conseguimos,
nem vamos nunca conseguir explicar:
o sentimento que ela tinha por ele era uma delas.

e como as pessoas não trazem rótulos, digo-vos sem me alongar, há mesmo mulheres que amam demais.

15.2.11

[little boxes]



No fim-de-semana em vez de estar a queimar o meu microondas, coisa a que me dediquei ontem, acabei de ver a 6ª season desta série. Confesso que as sequelas das explosões cá de casa são um tanto semelhantes aos efeitos de Weeds, é que fico sempre à espera do próximo episódio. Com um black humor genial, actores igualmente bons e uma banda sonora fantástica, é uma autêntica moca. Conta a história de uma mãe de família que ficando viúva começa a vender erva  para sustentar os filhos, com todas as implicações que isso pode ter. A família Botwin e a comunidade de Agrestic, à volta de quem gira a animação, deixam a curiosidade de conhecer Pittsburgh e o desejo de uma 7ª temporada. Aconselho.

[estou a criar um nabo]


literalmente. podia dar-me para pior.


14.2.11

[. . .]


oiço uma música. depois outra. há coisas que realmente não se explicam. mas deviam.


tenham uma boa semana.

8.2.11

[4 am]


afinal demorou só uma hora.
2.840kg
perfeitinha como a tia =)
estou feliz.


[3 am]


bolas, estava mais quente na maternidade do que estou no meu próprio quarto.
'pode estar até 16 horas em trabalho de parto' dizem os médicos.
mas parece que hoje é dia de ser tia.
nervos.

1.2.11

[note to self]


01.02.2010 - Leila* dicit

'Destrambelhada da cabeça. É assim que eu me sinto. Tu orienta-te pah. Orienta-te.' 

Um ano depois e a história repete-se.

27.1.11

[Oona]

[tempus fugit]


a noite estava fria. sentados na varanda com a manta pelas pernas respiravam o mesmo ar e conversavam sobre viagens. o mundo. a lua desconhecida iluminava o olhar sereno dos dois. juntos. abraçados sentiam as luzes, os lugares, a música que no silêncio se ouvia. as palavras.

hoje depois da piscina, do banho turco e do duche percebi como vão ser as minhas mãos daqui a 50 anos. medo.

18.1.11

[i miss summer nights]


penso-te longe.
tenho os pés frios. e as mãos.
comprei uma moldura.
vou emoldurar sorrisos.

'500 days of summer'

17.12.10

[o futuro tem o costume de se partir ao meio em vão]


Ontem fui ver pela 4.ª vez "As Obras completas de William Shakespeare em 97 minutos" e no fim da peça (desta vez com outro elenco) foi recitado este texto, que não conhecia integralmente, em homenagem ao jornalista Carlos Pinto Coelho. Depois de tanto rir deu que pensar. Ena pah que estou lamechas, deve ser do Natal.


"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. Começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas de cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de uma criança e não com a tristeza de um adulto.
E aprendes a construir as tuas estradas no hoje, porque o amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de se partir ao meio em vão. Depois de algum tempo aprendes que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam. E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te de vez em quando, e deves perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida. Descobres que os amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar os amigos, se compreendermos que os amigos mudam. E descobres que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa ou nada para terem bons momentos juntos.
E descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e o ambiente têm muita influência sobre nós, mas que não deixamos de ser responsáveis por nós próprios. Aprendes que paciência requer muita prática.
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não dá o direito de seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em, algum momento, condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes.
E, finalmente, aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores. E percebes que... Realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida! E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"

William Shakespeare