30.8.11
[acho que agora arranjo um peixe japonês]
a leilinha morreu há mais de uma semana. na verdade, como sempre disse, poucos são os seres vivos que sobrevivem (além de mim) nesta casa. a bicharoca era jovem, tinha comida, água e ainda na noite anterior tinha pedalado durante horas na roda barulhenta. acho que lhe deu literalmente um treco e ainda não percebi porquê. quando era miúda e os hamsters ou os piriquitos morriam eu fazia fita, a minha mãe colocava-os numa caixinha de fósforos e eu fazia o 'funeral'. durante dias colocava flores em cima da mini 'campa' até me esquecer ou arranjar outro, o que normalmente acontecia rápido. desta vez calhou-me a mim o papel de coveiro. foi triste.
25.7.11
4.7.11
29.6.11
[amélie poulain]
"...
- Sabe a garota do copo de água?
- Sei.
- Se parece distante, talvez seja porque está pensando em alguém.
- Em alguém do quadro?
- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
20.6.11
15.6.11
[escrevo-me]
o tempo corre a uma velocidade incrível. e a vida persegue-o. não tenho tido tempo sequer para escrever neste canto que há já alguns anos me faz companhia. não gosto de fazer promessas, mas julgo que vou sempre deixar aqui palavras. picar o ponto, diria. hoje apetece-me escrever. muito. mas tenho de digitar sobre outras coisas. e para essas o tempo não corre, voa.
8.6.11
16.5.11
[run leila* run]
faz-me confusão as miúdas que não tomam banho depois do ginásio. mais vale sair com a roupa do treino e fingir que se toma banho em casa. agora limpar as axilas e as bordas do rabo com toalhitas é que não.
6.5.11
3.5.11
[a cabra do terceiro]
muito se podia escrever acerca das cabras do 3º andar.
mas apenas tenho a dizer que as bandas de cera para o buço são baratinhas e que lamento o buraco no meio da banheira. sim, porque os olhos tortos já não devem ter solução. azarucho.
mas apenas tenho a dizer que as bandas de cera para o buço são baratinhas e que lamento o buraco no meio da banheira. sim, porque os olhos tortos já não devem ter solução. azarucho.
um bem-haja aos senhores que vieram 'remendar' a canalização do prédio. já posso guardar as toalhas, os baldes e colocar a gaiola da leilinha num sítio onde não faça natação.
28.4.11
19.4.11
7.4.11
5.4.11
[dos lugares comuns...]
quando uma pessoa te disser que não é capaz de ficar muito tempo no mesmo sítio ou a fazer a mesma coisa, certifica-te de que não te apaixonas por ela.
e caso não o consigas evitar (diz que acontece) lembra-te que não será para sempre.
e caso não o consigas evitar (diz que acontece) lembra-te que não será para sempre.
4.4.11
[falas de civilização...]
Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!
Alberto Caeiro
3.4.11
23.3.11
18.3.11
[do post-it]
A uma semana de regressar à Grécia lembrei-me deste 'presentinho'. Porque ainda há pessoas que nos mimam.
8.3.11
[das circunstâncias.]
dizem que os sentimentos podem ser selados. e os pensamentos congelados. eu não acredito muito nisso, ainda que o aceite. somos confrontados diariamente com sensações estranhas e com as quais não conseguimos, sempre, lidar. pedem-nos para superar o que sempre nos pareceu impossível e é aí que nos revelamos. é aí que descobrimos o lado racional que desconhecemos ter. porque apesar de existir simplesmente não o vemos. mas mais cedo ou mais tarde voltamos a sentir com a cabeça e a pensar com o coração. ter importância é só o que se pretende.
2.3.11
[march 1st]
pisar a areia e molhar os pés. temporal de ideias numa manhã de chuva. ainda vejo o sol. só me falta sentir-te.
23.2.11
[fingir que está tudo bem]
Fingir que está tudo bem!
olhas-me e só tu sabes: na rua onde os nossos olhares se encontram é noite.
As pessoas não imaginam. São tão ridículas as pessoas, tão desprezíveis…
As pessoas falam e não imaginam… nós olhamo-nos.
Fingir que está tudo bem: o sangue a ferver sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de medo nos lábios a sorrir
Será que vou morrer?, pergunto dentro de mim: será que vou morrer?
Olhas-me e só tu sabes: ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer: amor e morte
Fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.
José Luís Peixoto
20.2.11
[há gente muito idiota]
Ontem à noite desejei por instantes ter uma arma dentro da mala. Em vez de esconder o telemóvel rapidamente como fiz, tinha era dado um tiro a cada uma daquelas gajas. Confesso que sempre andei à vontade em Lisboa, por ruas e travessas sem medo que algo me acontecesse, mas ontem à frente daquelas sete gajas (e um gajo que não abriu a boca), tremi bastante. Estava claramente em minoria, não tenho ideia de ser super-herói e pensei 'é desta que me roubam' 'é desta que me batem' 'é desta que me levam o carro'. Nada disso aconteceu, mas uma das cabras ainda me amolgou o carro e fiquei com vontade de as matar. E perguntam vocês 'mas porquê?'. Por nada. Eu era simplesmente uma branca a andar sozinha às 4 da manhã num beco de pretos e elas queriam diversão. Foi bonito.
18.2.11
[yeah]
o meu senhorio é uma bicha querida. já me trouxe um microondas novinho novinho para eu estragar.
17.2.11
[das saudades.]
um dia também vais sentir falta de acordar ao meu lado. e de te enroscares em mim.
bem-feito.
16.2.11
[mada]
debaixo do braço trazia um livro de auto-ajuda.
percebi imediatamente que não ia ser uma conversa simples e curta, ia ser uma verdadeira consulta de psicoterapia.
ou qualquer outra coisa parecida.
afinal que lhe podia eu dizer?
às vezes não conseguia dormir, tinha arrepios e a comida até lhe fazia tremer o estômago.
afogava-se em lágrimas por tanto sentir.
algumas coisas não conseguimos,
nem vamos nunca conseguir explicar:
o sentimento que ela tinha por ele era uma delas.
nem vamos nunca conseguir explicar:
o sentimento que ela tinha por ele era uma delas.
e como as pessoas não trazem rótulos, digo-vos sem me alongar, há mesmo mulheres que amam demais.
15.2.11
[little boxes]
No fim-de-semana em vez de estar a queimar o meu microondas, coisa a que me dediquei ontem, acabei de ver a 6ª season desta série. Confesso que as sequelas das explosões cá de casa são um tanto semelhantes aos efeitos de Weeds, é que fico sempre à espera do próximo episódio. Com um black humor genial, actores igualmente bons e uma banda sonora fantástica, é uma autêntica moca. Conta a história de uma mãe de família que ficando viúva começa a vender erva para sustentar os filhos, com todas as implicações que isso pode ter. A família Botwin e a comunidade de Agrestic, à volta de quem gira a animação, deixam a curiosidade de conhecer Pittsburgh e o desejo de uma 7ª temporada. Aconselho.
14.2.11
[. . .]
oiço uma música. depois outra. há coisas que realmente não se explicam. mas deviam.
tenham uma boa semana.
8.2.11
1.2.11
[note to self]
01.02.2010 - Leila* dicit:
'Destrambelhada da cabeça. É assim que eu me sinto. Tu orienta-te pah. Orienta-te.'
Um ano depois e a história repete-se.
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