[já não podem ver a leila* em bikini. temos pena]

Acabei com o Hi5. Sim, fartei-me daquilo. Tornou-se uma mongoloidice. Estou certa que não vou ter saudades de saber da tua vida porque no fundo nem te conhecia de lado nenhum. Não vou ter saudades de ler os comentários que o Sr. José Oliveira deixava nas fotos de brasileiras de 'bunda gostosa' e actrizes portuguesas 'sexies'. Não vou ter saudades de ir ao teu perfil 3 vezes por dia. E muito menos vou ter saudades das mensagens estúpidas de estranhos desdentados e cheios de músculos. Sinto-me livre daquilo e os amigos, esses, contacto pelo telefone.

[88km/h*]

Há coisas que não se explicam. Passaram 24h e ainda não consigo explicar como é que me despistei sozinha em cima do tabuleiro da Ponte 25 de Abril. Ainda não consigo explicar como é que entre descontrolo, pião e embate no separador (entre a ponte e o rio) não atingi nenhum carro nem nenhum me bateu. Confesso que por instantes imaginei-me a fazer queda livre sobre o Tejo. Susto. Mas inexplicável foi o carro parar, eu por a primeira e desaparecer dali para fora até ao primeiro retiro. Ainda me recordo do ar incrédulo de um senhor que seguia na faixa do lado e me fazia sinais para saber se eu estava bem. Em vez de branca que já sou, devia estar transparente. Safei-me, tremi, chorei e pensei na sorte que tinha tido. Já o carro, batido de um lado e do outro merece descanso e um puxão de orelhas. Sacana.

*não era a velocidade a que seguia, essa nem me recordo.

[p.s.*]

Ok. E acabei de perceber que comprei uma fruteira 'giríssima' onde não cabem sequer 3 bananas grandes. Agora sim, vou enfiar-me na banheira.

*puta de sorte

[watermelon]

Acabei de correr atrás de uma melancia pela rua abaixo. Podem rir, mas acreditem que não teve piada nenhuma. Enquanto o fazia larguei todos os outros sacos feita louca, como se de uma fortuna se tratasse. Deve ser nestas alturas que a melancia se torna diurética e desintoxicante. Agora vou só ali tomar um banho e já venho.

[i hate mondays]

Há dias em que tudo parece gelatina e escorrega.

[shut up!]

Eu sempre tive 'problemas' com os vizinhos. Ora era o cheiro a caril que me entrava pela sala, ora eram os trinta pares de sapatos espalhados pelo hall do elevador. Desde que me mudei, já tive alguns episódios de pouca importância que ainda não mereceram melhor relato aqui na vacaria. Mas hoje tudo me parece mais alto, mais forte, maior. Estou a tentar estudar e ao mesmo tempo tenho de ouvir a KIZOMBA do vizinho de cima??? Já passa da meia-noite e meia For God's Sake! Tende piedade de mim.

Nota: antes de eu publicar este texto mudou para André Sardet. Ninguém merece.

[limpa chaminés]

Acabei de ver dois homens semi-nus em cima do telhado do vizinho. Um deles erguia numa mão algo semelhante a um dente de leão gigante. O outro olhou para mim com ar de 'mas o que é que tu queres hein?'

[madragoa]

São três da tarde. Abro a janela da varanda para estender a roupa pela primeira vez. A rua enfeitada para as festas populares de Lisboa, já cheira a sardinha assada. Ao fundo ouve-se 'Cheira bem, cheira a Lisboa'. Este ano vou comprar um manjerico.

[rapidinha]

Ela: Acho que o X não vai com a minha cara.

Ele: Pois não sei. Mas acho que vai mais com o teu cú.

Só consegui rir.

[at last, i'm loving my life]

Ontem foi o meu primeiro dia no 'novo' trabalho.

Hoje é a minha última noite nesta casa.

Amanhã começo uma vida diferente.