29.12.09

[última reclamação do ano]

Um das ruas que leva à minha casa foi por mim apelidada de rua do 'cagalhão'. Para a percorrer utilizo os meus dotes de bailarina e vou em bicos de pés a tentar a sorte, ou não, de pisar um cocozinho de cão. Tenho dias em que me apetece apontar o dedo (assim tipo gun, estão a ver?) aos que passeiam os seus luluzinhos e perguntar 'mas onde é que está o saco hein????' Porcos.

23.12.09

[feliz natal. sim isso.]

Não percebo. Às 17h a chefe mandou todos para casa. Alerta vermelho, dizia ela. Será por causa desta chuva que bate aqui na janela ou simplesmente uma piada alusiva ao Natal?? É que eu ainda aqui estou no mesmíssimo processo que há uma hora atrás. Natal?? É por estas e por outras que já não acredito no coelhinho da Páscoa.

22.12.09

[já não há desculpas. vamos tentar ser felizes.]

Tinha na ideia que as pessoas com o tempo cresciam e começavam a tomar decisões por elas próprias sem a influência de terceiros ou outros factores. Cedo percebi que isso não é assim tão linear e que às vezes apenas nos 'deixamos ir'. Basicamente aquela ideia de que se queres fazer - fazes, e se queres dizer - dizes, vai por água abaixo. Ora pesa o que as pessoas podem pensar de determinada atitude, ora pesa a indecisão que nos leva por vezes para tão longe, ora pesa simplesmente não teres naquele dia uns belos sapatos de salto alto. Poucas são as pessoas que conheço - e agora falo das minhas amigas mais próximas - que fazem alguma coisa sem pensar ou sem medo de se magoarem. Medo. Este fantasma que nos persegue a todas, a umas mais, a outras menos, mas que muitas vezes nos impede de sofrer, amar, cair, levantar - viver. Passam a vida numa 'linha' quase recta com medo de experimentar a felicidade. Eu, também tenho medo sim, mas de forma diferente, porque não deixo de 'ir de frente para o que quero'. A verdade é que levo com cada pantufada na fronha que até fico azuinada, um dia, uma semana, um mês e às vezes anos, mas continuo a tentar. Quando em confessionário partilhamos experiências, percebemos que estamos e sempre estaremos juntas precisamente por sermos tão diferentes. Parece que não se passaram semanas sem nos vermos, mantendo o reflexo daquilo a que chamo.. maturidade. Quase sempre olho para elas e penso 'bolas, cá estamos nós, lindas, solteiras, independentes e por vezes, tão pouco... felizes'.

17.12.09

[15.20h]

No gabinete, apenas eu e 'ela'. A música é 'Does your mother know?' dos ABBA e parecemos umas loucas a dançar em cima do tapete branco sujo-muito-sujo. As lágrimas misturam-se com os sorrisos e se alguém entra neste preciso momento somos despedidas. Azar. Estamos felizes por instantes, nostálgicas e descontroladas. Espera-se uma passagem de ano bonita... espera-se pois.

[ninguém merece]

Acabei de ver a Odete Santos com a sua fronha mai linda. Parada ao meu lado no semáforo, mas que bela imagem para acabar a noite. Sim, vou ali ter pesadelos e já volto.

15.12.09

[isto passa. eu sei, só não queria passar por isto.]

Quando estou na merda e escrevo posts de merda as visitas ao blogue aumentam substancialmente. Estava a tentar perceber, mas é melhor não tirar conclusões, até porque ando muito pessimista. No fundo, ando apenas mais triste com a vida e com os outros. Os picos, dizem 'elas', são assim. Ora se está muito bem e nem a porra do trânsito chateia, ora se está muito mal e tudo parece irritante. Até a tua voz, as tuas palavras, que não oiço, que não leio, me fazem tremer os sentidos. Sinto que se entranham na alma e me devolvem a força para continuar. Não será fácil, mas será. Hoje, apenas me resta a sorte de as ter (a 'elas') que me fazem rir da minha própria sina. Amanha, trago-vos a noticia de que voltarei a escrever mais e no registo de outrora.
[Thanks* S. e A.]

14.12.09

7.12.09

[don't know where we're going]

Não consigo escrever. Nada de jeito, leia-se. Deixo-vos com a chuva e com música, mas volto. Um dia destes.

2.12.09

Porra-de-síndrome-de-preguicite-aguda-e-pouca-vontade-de-trabalhar-como-se-fosse-segunda-feira.